Francisca Maria da Silva, 32 anos, faleceu nesta terça-feira (7), tornando-se a quarta vítima de um caso de envenenamento em Parnaíba, a 340 km de Teresina, no Piauí. Internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde desde a última semana, ela não resistiu e morreu durante a madrugada.
Além de Francisca, seus filhos Igno Davi da Silva, de 1 ano, e Lauane da Silva, de 3 anos, bem como seu irmão Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, também faleceram após consumirem alimentos contaminados com veneno.
Investigação Policial
A Polícia Civil do Piauí confirmou a presença de terbufós, um composto químico encontrado em agrotóxicos como o chumbinho, nos alimentos consumidos pela família, incluindo arroz, feijão e farinha. O peixe servido no mesmo momento não apresentava vestígios da substância.
Sete pessoas foram hospitalizadas após o incidente. Atualmente, apenas uma filha de Francisca, de 4 anos, segue internada em estado grave na UTI do Hospital de Urgência de Teresina.
Histórico de Tragédias
Esta não foi a primeira vez que a família enfrentou perdas semelhantes. No ano passado, dois outros filhos de Francisca, Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, também morreram após ingerirem cajus contaminados com o mesmo veneno. Na ocasião, uma vizinha foi presa, acusada de colocar o agrotóxico nos alimentos. Apesar da similaridade entre os casos, a polícia não estabeleceu uma relação direta até o momento.
Sintomas e Atendimento
O diretor técnico do hospital que atendeu as vítimas, Carlos Teixeira, afirmou que todas apresentaram sintomas semelhantes: frequência cardíaca reduzida, sudorese intensa e rebaixamento do nível de consciência.
Em nota, o hospital enfatizou que a equipe médica seguiu todos os protocolos necessários para atender as vítimas. “Atuamos com total dedicação para garantir o melhor atendimento desde a admissão na unidade”, informou o comunicado.
Buscas por Respostas
Ainda não se sabe quem foi responsável por colocar o veneno na comida ou qual seria a motivação para o crime. A Polícia Civil segue investigando o caso, que chocou a comunidade local e trouxe à tona preocupações sobre a segurança alimentar e o uso indiscriminado de substâncias tóxicas.