A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde, está promovendo um treinamento para supervisores da Vigilância Ambiental de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, visando o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A capacitação, realizada nesta quinta-feira (30), foca no uso das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), uma estratégia inovadora no controle do vetor.
As EDLs são dispositivos que atraem o mosquito para superfícies tratadas com larvicidas. Ao entrar em contato com essas superfícies, o Aedes aegypti adquire o produto químico e o dissemina em outros locais de reprodução, contribuindo para a redução da população do mosquito na região.
São José do Rio Preto receberá três mil EDLs, que serão instaladas em áreas com maior incidência de dengue, conforme estratégia definida em conjunto com a equipe da Fiocruz.
A iniciativa ocorre em um momento crítico para o município. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou recentemente a terceira morte por dengue neste ano, elevando o total de óbitos para 24 desde 2024. Além disso, foram registrados 3.765 casos de dengue nos primeiros 30 dias de 2025, representando um aumento de 97% em relação ao boletim anterior.
Diante desse cenário alarmante, o Ministério da Saúde tem intensificado as ações de combate à dengue em todo o país, implementando medidas emergenciais para conter o avanço da doença.
A colaboração entre Fiocruz, Ministério da Saúde e autoridades locais é fundamental para o sucesso das estratégias de controle do Aedes aegypti. A população também desempenha um papel crucial, adotando medidas preventivas, como eliminar criadouros do mosquito e permitir o acesso dos agentes de saúde às residências para inspeções e orientações.
Com a implementação das EDLs e o engajamento da comunidade, espera-se uma redução significativa nos casos de dengue e outras arboviroses em São José do Rio Preto, promovendo a saúde e o bem-estar da população.