Motoristas que trafegam pela Rodovia Eliezer Montenegro Magalhães (SP-561), especialmente no trecho entre Jales, Paranapuã e Santa Albertina, precisam redobrar a atenção. A presença constante de capivaras cruzando a pista ou mortas no asfalto após atropelamentos tem gerado preocupação entre os condutores e aumentado o risco de acidentes graves, principalmente durante a noite.
O cenário é comum: capivaras se aproximam da rodovia em busca de alimento ou por causa da proximidade com áreas de vegetação e nascentes. Sem barreiras de proteção ou sinalização adequada, os animais acabam invadindo a pista, sendo atropelados e ficando estendidos no asfalto.
O problema não termina com o atropelamento. Pelo contrário, os corpos dos animais permanecem na pista, o que representa um risco ainda maior para outros veículos que podem colidir com eles, principalmente motos ou carros em alta velocidade. Além disso, motoristas podem tentar desviar bruscamente, o que pode causar capotamentos ou colisões frontais.
“Você vê o animal já sem vida no meio da pista. Quem não conhece a estrada, principalmente à noite, pode bater feio ou perder o controle do carro tentando desviar”, comenta um morador da região.
A SP-561 atravessa regiões com pastagens, matas ciliares e áreas úmidas, habitat natural das capivaras. Esses animais costumam se aproximar da pista, especialmente ao entardecer, aumentando o risco de acidentes. Apesar disso, o trecho não possui qualquer tipo de sinalização específica, cercas ou passagens subterrâneas que impeçam a travessia dos animais, o que deixa os motoristas e a própria fauna vulneráveis.
Embora nem todos os acidentes envolvendo capivaras sejam registrados oficialmente, a situação é recorrente. Alguns motoristas relatam que, por conta dos animais, já tiveram pneus estourados, suspensão danificada ou até saíram da pista. Motos, em especial, enfrentam risco extremo.
Além disso, o acúmulo de capivaras atropeladas tem sido observado sem remoção imediata por órgãos responsáveis, o que agrava ainda mais o perigo.
A maioria dos atropelamentos ocorre durante a noite ou ao amanhecer, quando a visibilidade é menor e os animais costumam se movimentar. Especialistas recomendam que os motoristas reduzam a velocidade nesse trecho da SP-561, utilizem faróis altos com cuidado e evitem manobras bruscas em caso de avistamento de animais.