Em um esquema criminoso sofisticado, golpistas estão utilizando a biometria facial de um aposentado para realizar empréstimos bancários em seu nome, sem seu conhecimento ou autorização. O caso, que chocou o país, foi revelado nesta sexta-feira (17) e expõe as vulnerabilidades no sistema de autenticação biométrica utilizado por algumas instituições financeiras.
O aposentado, um homem de 68 anos, foi surpreendido ao ser informado pelo banco de que empréstimos no valor de R$ 10.000,00 haviam sido solicitados em seu nome, e que as operações haviam sido realizadas com a biometria facial que ele utilizaria para acessar sua conta de aposentadoria. O golpe ocorreu sem que ele tivesse ciência do que estava acontecendo.
Segundo as investigações, os criminosos conseguiram acessar os dados biométricos do aposentado por meio de uma fraude digital, possivelmente utilizando imagens de câmeras públicas ou redes sociais para realizar a clonagem de seu rosto. Uma vez com a biometria facial em mãos, os golpistas conseguiram contornar a segurança do banco e solicitar o crédito de forma automatizada.
Em nota, a instituição financeira afetada informou que está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos e tomar as providências necessárias. Além disso, a empresa afirmou que está revisando seus protocolos de segurança biométrica para evitar que novos golpes como este possam ocorrer.
O caso levanta importantes questões sobre a confiabilidade da biometria facial como uma medida de segurança e sobre o quanto os sistemas bancários estão preparados para evitar fraudes digitais. Especialistas em segurança cibernética alertam para a necessidade de se adotar uma abordagem mais robusta, que combine múltiplos fatores de autenticação para garantir que a identidade do usuário seja realmente verificada.
A polícia já iniciou investigações sobre o caso e está rastreando os responsáveis pelo golpe, mas ainda não há suspeitos identificados.
Enquanto isso, o aposentado vítima da fraude tem tentado recuperar os valores desviados e busca por justiça em meio ao impacto psicológico de ser alvo de um crime tão complexo.
A situação também reacende um debate sobre os direitos dos cidadãos em relação ao uso de suas informações biométricas, e sobre as medidas necessárias para proteger a privacidade em um mundo cada vez mais digitalizado.
O Ministério da Justiça e órgãos de defesa do consumidor ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso, mas a situação segue sendo monitorada com atenção pelas autoridades.
A recomendação de especialistas é para que os consumidores fiquem atentos a qualquer atividade suspeita em suas contas bancárias e reforcem as medidas de segurança, como o uso de senhas fortes e, quando possível, a verificação em duas etapas.