Em 6 de janeiro de 2025, o presidente Lula sancionou a Lei 15.086/2025, que inscreve o nome de Dona Hipólita Jacinta Teixeira de Mello no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, reconhecendo oficialmente sua contribuição à história do Brasil.
Hipólita Jacinta Teixeira de Mello nasceu em 1748, em Prados, Minas Gerais. Proprietária rural influente na região do Rio das Mortes, destacou-se por seu envolvimento na Inconfidência Mineira de 1789, sendo considerada a única mulher a participar ativamente do movimento que buscava a independência do Brasil do domínio português.
Durante a Conjuração Mineira, Hipólita desempenhou um papel crucial ao alertar os conspiradores sobre a prisão de Tiradentes no Rio de Janeiro, em 1789. Em uma carta enviada ao Padre Toledo, ela afirmou: “Mais vale morrer com honra do que viver com desonra”, demonstrando seu compromisso com a causa libertária.
A historiadora Heloísa Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), destaca a importância de Hipólita na história brasileira: “Ela transpôs o lugar, a fronteira mais proibida para a mulher até hoje, que é a fronteira da política, que é você ir para a praça pública e falar com voz própria.”
Em reconhecimento póstumo, Hipólita Jacinta foi incluída no Panteão dos Inconfidentes, em Ouro Preto, Minas Gerais, tornando-se a única mulher a figurar entre os homenageados. Essa honraria ressalta sua coragem e dedicação à luta pela liberdade e justiça no Brasil colonial.
A inclusão de Hipólita Jacinta no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria e no Panteão dos Inconfidentes simboliza o reconhecimento tardio, mas necessário, do papel fundamental que as mulheres desempenharam na construção da nação brasileira. Sua história inspira gerações a valorizar e celebrar as contribuições femininas na luta por liberdade e igualdade.
